T 1.1 – OS ASTROS PODEM INFLUENCIAR NOSSAS VIDAS?

A observação dos céus foi determinante para as civilizações humanas, argumenta o físico Marcelo Girardi Schappo[1], doutor em Física Atômica e Molecular e professor do Instituto Federal de Santa Catarina. Em seu livro, ele aborda a importância dos céus no nosso dia.

         Desde a composição do corpo humano até a construção de grandes civilizações, devemos nossa existência e nossa evolução às estrelas e a observação do céu. Assim, os astros têm enorme influência na nossa vida.

         Em entrevista BBC News Brasil, Schappo explica as influências dominantes dos astros na existência humana.

A maioria dos elementos que compõe o corpo humano foi formada por estrelas, ao longo de bilhões de anos. Estamos falando de elementos como carbono, oxigênio, enxofre, magnésio e a maior parte dos nomes que vemos na tabela periódica, existentes em estrelas que viveram bilhões de anos atrás e foram continuamente explodindo e se reconstituindo.

         Nesse processo, explica Schappo, as estrelas formaram uma “nuvem inicial” que deu origem ao Sol, aos planetas como a Terra e a combinação de elementos que permitiu que gases, minerais, água e enfim, a vida pudesse surgir e evoluir.

Foi um processo que se estendeu por cerca de 13 bilhões de anos e que permitiu a riqueza de elementos químicos da Terra. Por isso, estudiosos de Astronomia costumam dizer que nós, seres vivos, somos feitos de “poeira de estrelas”.

CONSTRUÇÃO DAS CIVILIZAÇÕES

         Para além da base fundamental da vida, foi graça aos céus, mas especificamente à capacidade de nossos antepassados em observar os céus que pudemos construir as civilizações humanas, afirma Schappo. Ele se refere entre outras coisas às estações do ano.

Muito antes de adquirirem um conhecimento científico, nossos antepassados aprenderam sobre os padrões climáticos, observando o céu. Há constelações que só aparecem no céu noturno nos meses do verão, enquanto outras são visíveis no inverno. Identificaram assim as estações do ano.

         Com esses padrões astronômicos, foi possível se antecipar a períodos de secas ou chuvas e perceber os melhores momento de plantar e colher. Isso ajudou na transição de um sistema nômade para um sedentário – um processo por meio do qual os seres humanos foram formando comunidades que se fixaram em uma localidade, garantindo a sua sobrevivência a partir da agricultura e da pecuária.

CICLOS BIOLÓGICOS

         Nossos ciclos biológicos também são obviamente ligados ao Sol: mais sono nos períodos em que não estamos expostos ao Sol e mais disposição durante o período diurno. As plantas também dependem da exposição ao Sol para fazer fotossíntese.

         Queremos lembrar aqui que na Antiguidade, Astronomia e Astrologia caminhavam lado a lado, onde muito comumente um astrônomo era também astrólogo.

         “Astrologia” vem do grego “astro” = estrelas e “logos” = palavra. Ou seja, é a mensagem que as estrelas passam para nós. Durante muito tempo, sujeitos como Johannes Kepler, descobridor das leis que regem a mecânica dos planetas, um feito astronômico, ganhava a vida fazendo mapas astrológicos no século XVI. Entretanto, desde o final do século XVII, no entanto, os dois saberes do conhecimento se separaram.

         A lógica da Astrologia estabelece que a posição dos corpos celestes na hora do nascimento influencia as pessoas aqui na Terra. Isso acontece a partir do reconhecimento de padrões. Marte surgiu no horizonte no dia em que uma grande enchente aconteceu? Um sinal. A Lua estava minguante no dia em quando a batalha foi vencida? Um padrão. Ao longo de milhares de anos de observação, as coisas do céu foram ganhando sentido terreno. Para os babilônios e outros povos que procuravam respostas no alto, era como se os planetas estivessem enviando sinais. Daí o nome “signos”.

         Em nosso trabalho de Psicastrologia – utilização da ferramenta “Mapa Astrológico” como auxílio ao processo psicanalítico – podemos auxiliar os pacientes na sua percepção de elementos positivos ou negativos que se encontram “encarnados” (terminologia de Jacques Lacan) em sua vida, contribuindo assim, para uma percepção do paciente em sua trajetória e escolha de seu caminho.


[1] Schappo, Marcelo Girardi, Astronomia – os astros, a ciência, a vida cotidiana. Santa Catarina: Ed. Contexto. 2022.

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LUIZ ROBERTO

LUIZ ROBERTO

Esta foi a forma que encontrei para pesquisar e aprofundar os estudos que combinam dois saberes – Psicanálise e Astrologia. A Psicanálise aqui referida é aquela descoberta e desenvolvida por Sigmund Freud, a partir de seu trabalho clínico e que constituiu o alicerce desse saber. Utilizo ainda alguns conceitos teóricos de Jacques-Marie Émile Lacan.

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